REFÉNS DA REPRESSÃO

12/02/2012 23:19

O perigo do imediatismo - os valores ditam as regras

A existência do Estado é fruto da necessidade de se criar um conjunto de normas e regras, critérios de controle e monitoração dos atos praticados pelos seres humanos, limites. Esperava-se com isso estabelecer a harmonia.

Com referencia no pensamento Socrático, digo - O Estado foi formado a partir das demandas que surgiram ao longo dos tempos, de acordo com os aspectos e necessidades físicas do indivíduo ou mesmo do ambiente.

Levando isso em consideração, devemos admitir que, o homem foi incapaz, por si, de garantir bom senso nas relações, por isso houve a necessidade do pré-estabelecimento de Leis e Regras.

Podemos dizer que – O Estado, em sua forma original (atual) cumpre o papel de orientação, controle e comando, da mesma forma que estabelece normas e padrões para todas as relações que movem uma sociedade.

Talvez isso explique o sentimento de insegurança provocado pela Greve da Polícia Militar da Bahia. Eles são a força utilizada pelo Estado para inibir determinados tipos de comportamento.

Trabalhar a coletividade, bom senso e respeito aos pensamentos e convicções alheios não seria melhor que o estabelecimento continuo de Leis repressoras?

Quais os valores que temos apregoado em nossa sociedade, visto que são construídos culturalmente?

Não adiante apenas mudar o gestor, além disto, precisamos alterar a cultura impregnada em nossa sociedade.

Precisamos olhar para dentro de nós, assim saberemos onde estão os culpados. Enquanto acreditarmos que a culpa é dos outros, continuaremos a votar nos mesmos que sempre votamos.

Continuaremos pensando a sociedade de forma unilateral, sem levar em consideração nossa capacidade de transformá-la, para que o Estado não mais precise utilizar-se de forças opressoras. Para que não entremos em pânico todas as vezes que a polícia resolver parar.

Não podemos nos tornar reféns de nós mesmos.

 

Por: Robson Mineiro