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Dias D’ávila: Balanço mostra que não há crise na Paranapanema
20/01/2012 13:11
DDN
Para sindicalistas do setor, não há crise que justifique as 45 recentes demissões na empresa.
Os diretores do Sindicato de Dias D’Ávila, ao analisarem a Apresentação ao Mercado da Paranapanema – uma espécie de balanço financeiro e prestação de contas – do terceiro trimestre de 2011, chegaram a conclusão de que não há crise que justifique as 45 recentes demissões. A expectativa da empresa é reduzir o quadro de funcionários em 15%, totalizando 120 demissões.
Comparando item por item na tabela, o Sindicato dos Metalúrgicos de Dias D’Ávila pode aferir que a empresa está em plena produção, atingindo a sua capacidade máxima de produção, e que, como já está planejado, terá que ampliar suas unidades para atender a demanda de cobre, cujo mercado é lider absoluta, praticamente um monopólio.
Para o Sindicato, a tal crise foi criada pela própria gestão da empresa. De acordo com os dados divulgados, abertamente no site da empresa (veja link abaixo), enquanto a indústria, entre janeiro e setembro de 2011, teve um crescimento de 1,07%, a Paranapanema apresentou um crescimento de 1,88%. Outro fator que reforça o bom momento da empresa é o faturamento da indústria. Enquanto o cenário nacional apresentava um crescimento financeiro de apenas 5,1%, a Paranapanema teve um número bem expressivo, que chegou a 40,3% do faturamento líquido no período analisado.
A Apresentação de Mercado também indica o desejo da empresa em aumentar a produção de cobre-primário, de semielaborados de cobre e da sua logística. Na unidade baiana da Paranapanema/Caraíba Metais, a expectativa é que até 2013 a produção pule de 230 mil toneladas para 280 mil/t por ano. Além da expansão da unidade de produção, já está prevista uma parada para manutenção nas instalações da empresa para este ano.
O Sindicato acredita que as demissões são uma ferramenta de barganha com o governo para conseguir maiores incentivos fiscais e benesses, já que os dados demonstram que, ao contrario do que foi feito no início do ano, a empresa precisará contratar mais mão de obra qualificada para poder, de fato, aumentar a capacidade de produção.